Realmente
não é nada bom, usar, como exemplo, uma mentira, é muito negativo, é porque a
pessoa está em fuga, tem medo de ser contrariada ou perder algo que lhe é
importante, é o medo que faz esta pessoa mentir, talvez, jogando a culpa numa outra
pessoa que tenha inveja.
Quando
você escutar, de uma só paulada, alguém dizendo: “Resolvi minha vida”, pode ter
certeza que ela irá cair em contradição, aí virá o acerto de muitos erros.
Conheço
casos que a pessoa está bem na vida social, familiar e financeira e hoje
praticamente vive de esmola, mas alguns já voltaram a prosperar, outros, ainda
tem que aprender e anda por aí mentindo. Ainda tem que aprender alguma coisa.
A
arte é sermos resistente ao longo da vida, caímos e levantamos, sofremos alguns
arranhões, outras vezes, ferimentos profundos.
Nos
momentos difíceis o importante é encontrar maneiras de lidar com a dor e
acreditar sempre, que um dia as nossas feridas irão se cicatrizar, tornando-se
símbolos de recuperação.
Eu trabalhei muitos anos com os moradores de rua,
sabíamos que era um trabalho árduo, havia um morador de rua, ainda eu não sabia
o seu nome, não falava, não sorria, comia, mas muito pouco, era pontal nos
encontros na madrugada, chegava, às vezes comia um pouco, se sentava na posição
de lótus e ficava olhando fixo no tronco de uma árvore.
Quanto
aos outros moradores de rua eram difíceis de falar, mas nós sabíamos que um dia
iria nos dar esse presente tão desejado; iriam voltar a se comunicarem,
normalmente para eles conversar conosco leva-se dois anos, mas quando nós
dávamos a comida eles sorriam. Bem, deixa-me explicar que existem muitos
moradores de rua.
Mas
o nosso amigo era difícil, percebemos que era uma pessoa que tinha praticado ioga
já se fazia três anos, ele só não sabia de uma coisa que eu sou uma pessoa
teimosa.
Sempre
fazíamos os nossos atendimentos em uma determinada praça, numa festa nossa com
os moradores de rua, ele no horário dele apareceu e se sentou em posição lótus
olhando para a mesma árvore, de repente ele se levanta quando estamos fazendo a
oração e se dirigiu a um canteiro, acabado a oração o vimos com um embrulho nos
braços e ele sorria, era um bebê, todos nós ficamos surpresos e tinha uma carta
que pedia para educá-lo e criar como se fosse seu filho, se possível colocar o
seu nome de Amadeu, que o nome não importava muito, o importante é cria-lo como
merece, ser um bom homem e quando acabamos de ler eu pedi a criança e ele saiu
correndo como eu nunca vi uma pessoa correr assim.
A
nossa preocupação era com a criança, fomos ao lugar onde eles colocam as mulheres,
porque eles não as deixam perambular pelas ruas das cidades, eles levam
alimentos para elas. Está vendo! Entre eles tem atos muitos nobres. E não
existe sexo entre eles, o respeito ali é muito saudável.
Procuramo-lo
e a criança até que o dia raiou e nada, e continuamos até às doze horas e nada,
com isso se passaram cinco meses e nada de noticias dele.
Decorreram dois anos, numa madrugada aparece um senhor
bem apessoado e eu fui ao seu encontro e lhe perguntei:
– O
senhor está procurando alguém?
–
Sim, o senhor, respondeu-me sorrindo:
–
Achou o que deseja? Falei sorrindo.
– Quero conversar com o senhor, mas fora daqui, amanhã
cedo.
– Olha
amigo não estou a sua disposição amanha cedo. E ele retrucou à tarde.
– Também
não posso, porque o senhor não fala aqui.
Ele
me olhou e me pedi o cartão do meu consultório.
– Espera
ai, estou lhe conhecendo você não me é estranho?
– O
senhor me conhece muito bem, fala sorrindo.
Dei a ele o meu cartão, no entanto fiquei
muito intrigado, o que seria?
No
dia seguinte quando terminei a minha última aula no período da manhã eu fui
para o consultório e lá estava ele, não estava só, acompanhado com um menino de
mais ou menos dois anos e por uma senhora muito simpática, que me apresentara
como sua mãe e o seu filho.
-
Você é o rapaz que fugiu com a criança? Ele sorriu e afirmou com a cabeça.
– Fugi
porque veio na minha mente o que o senhor tinha me dito, que iria acender uma
luz em minha vida.
O
importante que a mãe estava feliz e o menino muito lindo de cabelos pretos e
olhos verdes, a criança recebeu o nome de Luís Gustavo, e o nome dele era
Wagner, que voltou para a vida.
Parabéns
a ele e a nós também.
O
lema é “Nunca, mas nunca mesmo, seja
negativo” e se está sendo é porque está sofrendo e tem cura sim “Venha” que
será recebido por nós de abraços abertos.
Venha...
Abraços
Prof.
Espiritualista Senhor-Mestre Florêncio Antonio Lopes.